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segunda-feira, novembro 22, 2010

O Ateneu


Afinal, o que querem eles?
Escrevo cá alguns segundos após assistir ao noticiário. Afinal, que são os nossos bandidos? Acabo de assistir a uma reportagem onde alguns homens (marginais, segundo um “policial”, responsável por salvaguardar a pátria – e patrimônios - brasileira) incendiaram alguns carros. Então eis que surge a dúvida – que é a mesma que ronda os guardadores - o que eles querem enfim?
Pensam sobre transferências de presidiários, ou reação a alguma outra coisa. E assim sempre foi. Exclui-se a culpa da falta de inclusão social colocando-a em “xeque-mate” aos crimes do dinheiro. Vivemos, como todos vocês sabem, em sociedade não classificativa, mas sim exclusiva, onde o valor monetário se vale sobre o valor moral, o valor humano de cada. Somos todos iguais, braços dados ou não. Estamos todos juntos, vivendo sob o mesmo céu e sobre a mesma terra.
                Chama-se de meliantes àqueles que, de uma maneira ou outra, vivem de maneira “diferente” da proposta pelo atual regime. E, mesmo que chamado de democracia, fazê-lo crer que funciona de forma igualitária aos aqui viventes é ser mais que utópico – é ser ingênuo. Basta andar às ruas e observar as pessoas olhando “de cara feia” aos que são diferentes. E aqui não cabem os cabeludos ou os de camiseta do “Che”. Simplesmente aos que pedem esmola ou andam por aí cambaleando, apoiando-se às placas que servem para os possantes carros passarem. O que vale mais, os oitenta mil reais que foram pagos para incluir-se ou a vida como deve ser, escrita de próprio punho?
                É lógico, e claramente observável, – e não remediável – que aqui caberia outra discussão, mas deixá-la-ei para outro tempo, para outra cabeça.
                Pois chegando ao meu princípio vos digo: O que separa um revolucionário de um criminoso? Ou seriamos nós todos criminosos?
                Penso que atear fogo a carros é, realmente, deplorável. Mas quando teriam voz estes que citei antes, senão quando chamados de “meliantes”? Voltando aos primórdios de nossa nação brasileira que exalto (ou de nosso “Povo Brasileiro”, como diria Darcy Ribeiro) vê-se, claramente, o fator de discordância social. Nossos indígenas viviam em tribos e, os que discordavam das “regras” (que eram “includentes” por sua natureza) formavam outras. Simplesmente. Tinha-se o território todo a explorar, a viver. E partindo-se da solidão, formar seu povo
                Mas, como sabemos, tudo que é doce se acabou (perdoem-me o clichê, mas aqui ele serve). Embora “incluir” nunca fora integral de nossos princípios, hoje observa-se inclusão de uns e exclusão de outros. E aqui não cabem minhas palavras, apenas vossas conclusões.
               Assim relatado e já entendido, creio que percebam minha conclusão. O que separa um “criminoso” de um revolucionário? Que fique a vós as conclusões.

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